terça-feira, 31 de maio de 2011

Dicksonia sellowiana Hook (Dicksoniaceae) conhecida popularmente como Xaxim

BATISTON*, Thaisa; BEHS*, Bárbara; SOARES*, Carlos Eduardo.
*Alunos da Graduação do Curso de Zootecnia UFSC.

A população brasileira tem tradição no uso de plantas para tratamento de necessidades básicas em saúde, mas o Brasil apresenta ainda enorme potencial a ser explorado na área de fitoterápicos devido à grande biodiversidade, a qual abrange grande quantidade de espécies endêmicas (CHAVES et al. 2010).
Dicksoniaceae é uma pequena família de filicíneas arborescentes, apresenta caule em geral bastante grosso, não ramificado, com um tufo de folhas amplas no ápice.  As porções mais velhas do tronco ficam totalmente recobertas por abundante desenvolvimento de raízes adventícias que muito engrossam o caule. As folhas são grandes (acima de 1,5-2,0 m de comprimento) (JOLY, 1985). 

Dicksonia sellowiana Hook (Dicksoniaceae), popularmente conhecida como xaxim, é uma importante espécie de pteridófita arbórea. O xaxim tem seus primeiros registros fósseis datados do período Jurássico. É um arbusto, de caule ereto simples ou ramificado, com diâmetros variando de 10 e 120 cm e altura de 1 a 6 m. No topo, apresenta uma coroa de frondes bipinadas, de até 2,40 m de comprimento (BORA et al. 2005).
Tradicionalmente a Dicksonia sellowiana Hook (Dicksoniaceae) é utilizada para uso externo para combater aftas, coceiras no corpo, infecções parasitárias (sarna e verminose), asma e com ação homeostática (BORA et al. 2005).
Atividades biológicas, como antioxidante e anticancerígena, foram verificadas no extrato das folhas (MARTINS-RAMOS et al. 2010). A identificação de polifenóis em folhas da planta, realizada por BORA e MIGUEL (2005) indica que as folhas apresentam compostos fenólicos em quantidade considerável, entre eles o ácido clorogênico e o ácido cafeico, além de atividade antioxidante.
Recentemente o Brasil obteve a patente (PI0506046-0) de invenção e aplicação de produtos medicamentosos a partir de extratos de Dicksonia sellowiana que está depositada sob o número 0506046-0 (MARTINS-RAMOS et al. 2010).

Referências:
BORA, K.; MIGUEL, O. G. Identificação de polifenóis em folhas de Dicksonia sellowiana, In: EVINCI 13o, 2005, UFPR. Pró-Reitoria de Pesquisa e pós Graduação. Curitiba.
BORA, K.; MIGUEL, O. G.; ANDRADE, C. A.; OLIVEIRA, A. O. T. Determinação da concentração de polifenóis e do potencial antioxidante das diferentes frações do extrato de folhas de Dicksonia sellowiana, (Presl.) Hook, Dickson iaceae.  Visão Acadêmica, Curitiba, v.6, n.2, Jul. - Dez./2005 - ISSN: 151 8-51 92
CHAVES, C.L.; MANFREDI, C.S. Arbóreas medicinais das matas ciliares do Rio Canoas: potencialidade de uso em projetos de restauração. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v.12, n.3, p.322-332, 2010.
JOLY, A. B. Botânica: Introdução à taxonomia vegetal. 7. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1985. 173-174 p.
MARTINS-RAMOS, D.; BORTOLUZZI, R.L.C.; MANTOVANI, A. Plantas medicinais de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista Altomontana, Urupema, Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v.12, n.3, p.380-397, 2010.
                                                                  

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